Setembro Lilás: mês de combate ao câncer em cães e gatos

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Especialistas alertam sobre a importância do diagnóstico precoce .

O câncer é uma doença que preocupa a todos, inclusive pode comprometer a saúde dos cães e gatos. Por isso, a campanha Setembro Lilás é dedicada ao combate do problema nos pets. Assim como os humanos, os bichinhos também correm o risco de serem diagnosticados com a doença multifatorial. 

A médica veterinária Joana Barros, da Gaia Medicina veterinária Integrativa, explica que, por muitas vezes, os sinais que os animais doentes apresentam são inespecíficos e alguns sintomas também são relativos a outras complicações. Joana conta que são necessários diversos exames e o diagnóstico preciso só ocorre por meio de biópsia. 

“O câncer é uma doença multifatorial que se inicia pela multiplicação descontrolada e desordenada de células anormais, e seu desenvolvimento depende de muitos fatores que incluem fatores genéticos e ambientais. Algumas raças são mais propensas a desenvolvê-la do que outras, e os idosos têm maior prevalência, apesar de filhotes também desenvolverem esse tipo de doença”, explica Barros.  

O médico veterinário Rogério Fonseca, da Amparo Medicina Veterinária, relata que o câncer não atinge apenas os animais domésticos como cães e gatos, mas animais de grande porte também podem ser acometidos pela doença. Rogério conta que existem diversos tipos de câncer e explica quais são os mais comuns. 

“Entre cães e gatos, os tipos mais comuns são o câncer de pele (principalmente nos animais de pelo curto e claro), câncer de mama e de próstata. A leucemia felina, conhecida como Felv, também atinge muitos gatos e o Tumor Venéreo Transmissível (TVT) é um tipo de câncer comum entre os cães”, destaca o veterinário.  

O desenvolvimento de doenças como o câncer pode estar relacionado a questões hereditárias, hormonais, com a idade e até fatores ambientais/externos. Dentre os fatores carcinógenos mais conhecidos estão os compostos alimentares (conservantes, corantes), poluição, medicamentos, agentes químicos (agrotóxicos, amianto), agentes físicos (radiação).

Existem diversas formas de tratamento para o câncer: o cirúrgico, que pode ser o único tratamento ou pode ser feito a associação com tratamentos quimioterápicos e eletroquimioterapia, e também outras terapias menos invasivas. Todas visam o controle da doença e uma maior sobrevivência do pet. O importante é explicar que a quimioterapia em animais é menos agressiva do que nos humanos. 

A médica veterinária Camila Maximiano, oncologista e paliativista da Gaia Medicina Veterinária Integrativa explica que o tratamento para o câncer em animais pode ser feito com base na necessidade de cada animal. Camila destaca que todo tratamento é feito para que a qualidade de vida do animal possa ser melhorada e para que ele possa ser curado. 

“Neste sentido, a intenção do tratamento oncológico no cachorro, gato ou outro animal de pequeno porte é possibilitar a cura ou aumentar o tempo de vida, sempre pensando em proporcionar maior conforto e qualidade, mas, para isso, o tipo de terapia vai depender do câncer”, conta a médica veterinária .  

A veterinária Joana Barros destaca que a alimentação tem papel importantíssimo na prevenção do câncer. A médica explica que as rações que são alimento ultraprocessado, com teor elevado de carboidratos, corantes e conservantes e não estão no topo da lista dos alimentos mais indicados para prevenir câncer. 

“A dica para prevenir que seu pet tenha câncer e viva o mais saudável possível é: deixe ele ter contato com a natureza, fazer exercício físico, comer comidas naturais (e balanceadas), usar o mínimo de químicos possível e ser feliz com ele”, destaca Joana. 

Além disso, quando aparecem, alguns sintomas de câncer em animais podem ser facilmente confundidos com os sintomas de outras doenças. É recomendado que, caso o tutor perceba qualquer comportamento diferente em seu pet procure o veterinário para que exames sejam feitos e que tenha um diagnóstico precoce para um melhor tratamento. 

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